Aproximação da química e o cotidiano através do teatro: cientistas versus alquimistas
As pesquisas produzidas no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) têm entre os seus objetivos possibilitar o acesso ao conhecimento científico químico e no presente trabalho visa o uso de metodologias e estratégias distintas daquelas convencionalmente utilizadas n...
Principais autores: | Sohn, Maria Caroline, Lambach, Marcelo, Tarczewski, Cleberson Leonardo, Galdino Figueira, Juliana Amorim, da Costa, Joceline Oliveira |
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Formato: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
2020
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Acesso em linha: |
http://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/10802 |
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Resumo: |
As pesquisas produzidas no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) têm entre os seus objetivos possibilitar o acesso ao conhecimento científico químico e no presente trabalho visa o uso de metodologias e estratégias distintas daquelas convencionalmente utilizadas na escola. Uma possibilidade é a utilização da história da química, contrapondo as visões passadas de ciência com a compreensão que os estudantes da educação básica apresentam na atualidade. Um momento histórico importante que pode ser caracterizado com um marco na história é o período conhecido como Alquimia. Para realizar as atividades aqui analisadas, utilizou-se uma abordagem artística, visto que este recurso apresenta uma grande aderência pelos estudantes interessados na dramatização e no teatro. As atividades foram desenvolvidas com uma turma de terceiro ano de Ensino Médio do Colégio Estadual Senhorinha de Moraes Sarmento e teve duração de seis meses. O primeiro contato entre pesquisadores e alunos foi por meio de um teatro de improvisação, no qual a turma foi separada em grupos e posteriormente designou-se um tema a cada um deles. O desafio era improvisar uma cena de dois minutos com o intuito das outras equipes descobrirem do que se tratava o assunto. O início do projeto piloto se deu mediante um convite aos discentes, os quais aceitaram prontamente. Os alunos foram responsáveis pela divisão de tarefas no desenvolvimento do teatro e para os que não quiseram atuar trabalharam na parte da produção da peça, em atividades como produção de figurinos, desenvolvimento de cenários e organização das cenas. Os pesquisadores escreveram o roteiro da peça e discutiram com os estudantes sobre as possibilidades de modificações, para que todos se sentissem confortáveis e inseridos no processo de produção. Os ensaios ocorreram em sala de aula com todos os estudantes que estavam presentes, com a interação entre os pesquisadores e os estudantes. Foram criadas oito cenas, das quais metade eram histórias cotidianas que envolviam Química e a outra parcela representou o posicionamento de cientistas e de alquimistas explicando certos fenômenos de acordo com cada compreensão de ciência que representavam. Foram realizadas quatro atividades experimentais durante as narrativas, utilizadas nas demonstrações de situações problemas envolvendo Química no dia a dia. Foi de suma importância a escolha de temas corriqueiros na vida dos alunos, para que houvesse uma aproximação de Química que comumente é apresentada como um fenômeno em escala submicroscópica para uma aplicação de maior tangibilidade. Constatou-se com a análise do desenvolvimento da peça, na apresentação final e nos relatos posteriores, que os alunos passaram a compreender as diferenças entre as explicações baseadas nos conceitos alquímicos dos baseados nos conceitos da química moderna. Com isso, a proposta metodológica do uso das artes cênicas para o ensino da Química mostra-se promissora, principalmente se articulado a história de como se constituem os conceitos científicos. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES). |
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