Teatro e romance em José de Alencar: As asas de um anjo e Lucíola
Defenderemos a hipótese de que no romance Lucíola Alencar acatou os motivos alegados, em 1858, para a proibição de As Asas de um Anjo. O interdito ancorava-se no argumento de ser imoral a comédia, em especial as cenas do rapto de Carolina por Ribeiro e do encontro quase incestuoso dela com o pai. A...
Autor principal: | Caixeta Nascentes, Zama |
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Formato: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
2005
|
Acesso em linha: |
http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2244 |
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peri-article-22442014-12-10T13:07:32Z Teatro e romance em José de Alencar: As asas de um anjo e Lucíola Caixeta Nascentes, Zama Defenderemos a hipótese de que no romance Lucíola Alencar acatou os motivos alegados, em 1858, para a proibição de As Asas de um Anjo. O interdito ancorava-se no argumento de ser imoral a comédia, em especial as cenas do rapto de Carolina por Ribeiro e do encontro quase incestuoso dela com o pai. A atitude de Alencar foi de defender a obra e publicá-la no ano seguinte, sem nenhum corte. Em 1862, lançou Lucíola, retomando o mesmo assunto da peça. No romance, não há rapto de Lúcia e nem aproximação licenciosa entre pai e filha cortesã; com freqüência, o que lemos são justificativas da moralidade da narrativa. Tudo isso sugere a incorporação, ainda que tardiamente, das críticas outrora endereçadas a As Asas de um Anjo. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2005-02-13 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2244 10.3895/rl.v0n7.2244 Revista de Letras; n. 7 (2005) 2179-5282 0104-9992 10.3895/rl.v0n7 por http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2244/1405 Direitos autorais 2014 Revista de Letras |
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Defenderemos a hipótese de que no romance Lucíola Alencar acatou os motivos alegados, em 1858, para a proibição de As Asas de um Anjo. O interdito ancorava-se no argumento de ser imoral a comédia, em especial as cenas do rapto de Carolina por Ribeiro e do encontro quase incestuoso dela com o pai. A atitude de Alencar foi de defender a obra e publicá-la no ano seguinte, sem nenhum corte. Em 1862, lançou Lucíola, retomando o mesmo assunto da peça. No romance, não há rapto de Lúcia e nem aproximação licenciosa entre pai e filha cortesã; com freqüência, o que lemos são justificativas da moralidade da narrativa. Tudo isso sugere a incorporação, ainda que tardiamente, das críticas outrora endereçadas a As Asas de um Anjo. |
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