Tecnocracia, tecnologia e democratização: a formação do engenheiro-cidadão como condição de possibilidade da construção de um outro mundo possível
A formação superior em engenharia costuma ocupar-se basicamente de disciplinas do corpo técnico, desconsiderando, ou não assumindo de forma orgânica e integrada, uma formação que poderia ser chamada de cidadã. Tal opção parece se fundamentar em um duplo equívoco: de que a atuação profissional do/a e...
Autor principal: | Cordeiro Cruz, Cristiano |
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Formato: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
2015
|
Acesso em linha: |
http://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/3140 |
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peri-article-31402015-08-08T01:56:32Z Tecnocracia, tecnologia e democratização: a formação do engenheiro-cidadão como condição de possibilidade da construção de um outro mundo possível Cordeiro Cruz, Cristiano A formação superior em engenharia costuma ocupar-se basicamente de disciplinas do corpo técnico, desconsiderando, ou não assumindo de forma orgânica e integrada, uma formação que poderia ser chamada de cidadã. Tal opção parece se fundamentar em um duplo equívoco: de que a atuação profissional do/a engenheiro/a não demanda sensibilidade aos valores sociais em que ela se dá; e de que o desenvolvimento tecnológico é neutro, não sendo afetado por quaisquer valores não técnicos. Ao fazer isso, os cursos de engenharia concorrem para a formação de quadros técnicos que, no geral, tenderão a atuar na manutenção ou aprofundamento do quadro atual de gestão tecnocrático-capitalista da vida social. Urge, assim, incorporar novos componentes na formação em engenharia. Isso talvez possa ser conseguido com introdução tanto da reflexão histórica, sociológica e filosófica sobre a técnica nos currículos, quanto de estágios de vivência e/ou inserção obrigatórios. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2015-08-08 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/3140 10.3895/rts.v11n22.3140 Revista Tecnologia e Sociedade; v. 11, n. 22 (2015) Revista Tecnologia e Sociedade; v. 11, n. 22 (2015) 1984-3526 1809-0044 10.3895/rts.v11n22 por http://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/3140/2160 Direitos autorais 2015 CC-BY http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
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A formação superior em engenharia costuma ocupar-se basicamente de disciplinas do corpo técnico, desconsiderando, ou não assumindo de forma orgânica e integrada, uma formação que poderia ser chamada de cidadã. Tal opção parece se fundamentar em um duplo equívoco: de que a atuação profissional do/a engenheiro/a não demanda sensibilidade aos valores sociais em que ela se dá; e de que o desenvolvimento tecnológico é neutro, não sendo afetado por quaisquer valores não técnicos. Ao fazer isso, os cursos de engenharia concorrem para a formação de quadros técnicos que, no geral, tenderão a atuar na manutenção ou aprofundamento do quadro atual de gestão tecnocrático-capitalista da vida social. Urge, assim, incorporar novos componentes na formação em engenharia. Isso talvez possa ser conseguido com introdução tanto da reflexão histórica, sociológica e filosófica sobre a técnica nos currículos, quanto de estágios de vivência e/ou inserção obrigatórios. |
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