O poema em prosa: a amorfia de uma modalidade lírica subutilizada no modernismo brasileiro
Nos textos críticos fundadores, a poesia lírica não é portadora de um estatuto que a iguala aos demais gêneros. Mesmo em períodos com maior normatização estética, não há como desconsiderar seu caráter proteiforme, ampliado desmesuradamente a partir da modernidade. Reverberando tal ampliação, surge o...
Autor principal: | Teixeira, Átila Silva Arruda |
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Formato: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
2017
|
Acesso em linha: |
http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/3238 |
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peri-article-32382017-03-20T12:28:52Z O poema em prosa: a amorfia de uma modalidade lírica subutilizada no modernismo brasileiro Teixeira, Átila Silva Arruda Nos textos críticos fundadores, a poesia lírica não é portadora de um estatuto que a iguala aos demais gêneros. Mesmo em períodos com maior normatização estética, não há como desconsiderar seu caráter proteiforme, ampliado desmesuradamente a partir da modernidade. Reverberando tal ampliação, surge o poema em prosa, modalidade da poesia lírica que ultrapassa a linha de delimitação que a distingue dos demais gêneros, encerrando já em seu nome um oximoro que se reflete nas tentativas críticas de sistematização. Consolidado em outras literaturas, essa modalidade é subutilizada no cânone poético brasileiro. Esboçado na obra As noites da virgem, de 1868, de Vitorino Palhares, começa de forma consciente com Raul Pompéia em Canções sem metro, de 1881. Já no modernismo, é esparsamente utilizado. Conclui-se neste artigo que o poema em prosa ocupa uma posição periférica – inclusive atualmente – na lírica brasileira devido a certo tom nefelibata que marcou a modalidade no nosso simbolismo, sendo substituído na função libertadora da lírica tradicional pelos versos livres. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2017-03-20 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/3238 10.3895/rl.v18n23.3238 Revista de Letras; v. 18, n. 23 (2016) 2179-5282 0104-9992 10.3895/rl.v18n23 por http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/3238/3538 Direitos autorais 2017 CC Atribuição 4.0 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
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Nos textos críticos fundadores, a poesia lírica não é portadora de um estatuto que a iguala aos demais gêneros. Mesmo em períodos com maior normatização estética, não há como desconsiderar seu caráter proteiforme, ampliado desmesuradamente a partir da modernidade. Reverberando tal ampliação, surge o poema em prosa, modalidade da poesia lírica que ultrapassa a linha de delimitação que a distingue dos demais gêneros, encerrando já em seu nome um oximoro que se reflete nas tentativas críticas de sistematização. Consolidado em outras literaturas, essa modalidade é subutilizada no cânone poético brasileiro. Esboçado na obra As noites da virgem, de 1868, de Vitorino Palhares, começa de forma consciente com Raul Pompéia em Canções sem metro, de 1881. Já no modernismo, é esparsamente utilizado. Conclui-se neste artigo que o poema em prosa ocupa uma posição periférica – inclusive atualmente – na lírica brasileira devido a certo tom nefelibata que marcou a modalidade no nosso simbolismo, sendo substituído na função libertadora da lírica tradicional pelos versos livres. |
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