Palavras metafóricas monoicas: tópico e veículo implícitos

Este artigo pretende discutir brevemente se o processamento cognitivo da metáfora, por meio de um mecanismo de associação, inferências, comparação e identificação criativa do pensamento a um gabarito mental, pode ser responsável pelo uso e menção de palavras metafóricas monóicas amalgamando tópico e...

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Autor principal: Nascimento Neto, Reginaldo
Formato: Artigo
Idioma: Português
Publicado em: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2017
Acesso em linha: http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/4929
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Resumo: Este artigo pretende discutir brevemente se o processamento cognitivo da metáfora, por meio de um mecanismo de associação, inferências, comparação e identificação criativa do pensamento a um gabarito mental, pode ser responsável pelo uso e menção de palavras metafóricas monóicas amalgamando tópico e veículo de forma unirreme e implícita, isto é, sem externá-los. Para tanto, parte-se de um vislumbre histórico sobre os conceitos de metáfora concebidos por Aristóteles(1996), Richards(1936), Black (1993), Searle(1993) e Lakoff & Johnson (2002) para se demonstrar que os elementos essenciais da metáfora, diversamente reconhecidos dependendo do autor como tópico e veículo, Frame e foco, domínio alvo e domínio fonte, S é P e S é R, ou tipo e antítipo, podem ocorrer na esfera do pensamento e produzir palavras metafóricas, percebidas ou não como tal, que se manifestam de forma monóica ao invés de na sentença como advoga o interacionismo. Para tanto, apresentam-se algumas palavras cuja etimologia embutem tópico e veículo. As conclusões a que se chega é que no processo de onomasiologia, como revela o estudo da etimologia, em muitos casos, o uso da metáfora funde em uma só palavra o tópico e o veículo.