As mulheres nas escolas de engenharia brasileiras: história, educação e futuro
Historicamente, as mulheres foram afastadas do círculo criativo e líder da produção científica e tecnológica. Isso limitou sua atuação fora da esfera privada da casa e foi, séculos após séculos, evidenciado pela sua ausência e condução em carreiras como física, química, biologia, matemática e engenh...
Autor principal: | Giovana Cabral, Carla |
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Formato: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
2005
|
Acesso em linha: |
http://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/6139 |
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peri-article-61392019-08-29T18:16:48Z As mulheres nas escolas de engenharia brasileiras: história, educação e futuro Giovana Cabral, Carla Educação tecnológica; Mulheres na engenharia; Engenharia e sociedade; Ciência, tecnologia e gênero; Historia da ciência e da tecnologia. Historicamente, as mulheres foram afastadas do círculo criativo e líder da produção científica e tecnológica. Isso limitou sua atuação fora da esfera privada da casa e foi, séculos após séculos, evidenciado pela sua ausência e condução em carreiras como física, química, biologia, matemática e engenharia. O acesso das mulheres à leitura e à escrita, algo que começou em meados do século XVII, foi mudando seu lugar nas sociedades e, por conseqüência, sua participação em carreiras científicas e tecnológicas. Hoje, não há restrições aparentes para o seu acesso aos sistemas educacionais, mas ergue-se urna série de outras barreiras que restringem que participe mais da produção do conhecimento cientifico e tecnológico, hierárquica e territorialmente, num universo ainda predominantemente masculino de pesquisa e ensino. Embora tenha crescido o número de mulheres nos cursos de engenharia nos últimos anos, a média de professoras e pesquisadoras, em áreas como engenharia e ciência da computação, segundo o último censo do CNPq, é de 25%. Trabalhos realizados na Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina, por exemplo, pesquisam a presença feminina na engenharia nos séculos XX e XXI, recuperam a história das pioneiras e investigam questões sóciohistóricas e epistemológicas. Corno uma maior participação das mulheres na engenharia poderia contribuir para a construção de uma tecnologia mais voltada ao bem-estar das pessoas e uma educação tecnológica crítica que melhor prepare os engenheiros para os desafios contemporâneos? Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2005-12-01 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/6139 10.3895/cgt.v1n4.6139 Cadernos de Gênero e Tecnologia; v. 1, n. 4 (2005); 9-19 2674-5704 1807-9415 10.3895/cgt.v1n4 por http://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/6139/3790 Direitos autorais 2017 CC-BY-NC http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 |
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Historicamente, as mulheres foram afastadas do círculo criativo e líder da produção científica e tecnológica. Isso limitou sua atuação fora da esfera privada da casa e foi, séculos após séculos, evidenciado pela sua ausência e condução em carreiras como física, química, biologia, matemática e engenharia. O acesso das mulheres à leitura e à escrita, algo que começou em meados do século XVII, foi mudando seu lugar nas sociedades e, por conseqüência, sua participação em carreiras científicas e tecnológicas. Hoje, não há restrições aparentes para o seu acesso aos sistemas educacionais, mas ergue-se urna série de outras barreiras que restringem que participe mais da produção do conhecimento cientifico e tecnológico, hierárquica e territorialmente, num universo ainda predominantemente masculino de pesquisa e ensino. Embora tenha crescido o número de mulheres nos cursos de engenharia nos últimos anos, a média de professoras e pesquisadoras, em áreas como engenharia e ciência da computação, segundo o último censo do CNPq, é de 25%. Trabalhos realizados na Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina, por exemplo, pesquisam a presença feminina na engenharia nos séculos XX e XXI, recuperam a história das pioneiras e investigam questões sóciohistóricas e epistemológicas. Corno uma maior participação das mulheres na engenharia poderia contribuir para a construção de uma tecnologia mais voltada ao bem-estar das pessoas e uma educação tecnológica crítica que melhor prepare os engenheiros para os desafios contemporâneos? |
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