Sangue, suor e empoderamento: intervenções psicossociais com jovens estudantes numa cidade do extremo sul baiano

O presente artigo discorre sobre a experiência Projeto de Extensão: “Sangue, Suor e Empoderamento: oficinas sobre saúde e auto- conhecimento corporal para adolescentes e mulheres estudantes da rede pública de Teixeira de Freitas – BA” submetido ao edital 14/2018 da Pró-Reitoria de Sustentabilidade e...

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Principais autores: Bacellar Gonzaga, Paula Rita, Possari, Paola Damascena, Silva, Leticia Ferreira da, Pereira, Juscimara Cavalho
Formato: Artigo
Idioma: Português
Publicado em: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2019
Acesso em linha: http://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/9269
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Resumo: O presente artigo discorre sobre a experiência Projeto de Extensão: “Sangue, Suor e Empoderamento: oficinas sobre saúde e auto- conhecimento corporal para adolescentes e mulheres estudantes da rede pública de Teixeira de Freitas – BA” submetido ao edital 14/2018 da Pró-Reitoria de Sustentabilidade e Integração Social (PROSIS) da Universidade Federal do Sul da Bahia. A proposta parte da concepção de saúde ampliada para pensar como a estigmatização da menstruação, a redução da sexualidade feminina a reprodução e a imposição dos padrões de beleza têm reverberado em impactos danosos à saúde de adolescentes e mulheres numa cidade do extremo sul baiano. A partir de aportes teóricos da psicologia social, das teorias descoloniais e das produções de intelectuais do feminismo negro avançamos numa proposta de intervenções psicossociais junto a estudantes da rede estadual de ensino, objetivando diluir as distâncias entre universidade e ensino escolar, produzir ressignificações sobre tabus menstruais, métodos contraceptivos, prevenção a infecções sexualmente transmissíveis e auto estima, além de incentivar que estas se apropriem do espaço universitário. Essa proposta é de alta relevância social, pois considera fatores pouco abordados na academia e que implicam diretamente na saúde das mulheres brasileiras, como o medo e os constrangimentos que são associados à menstruação, a redução da sexualidade e a negação da possibilidade de vivência sexual não reprodutiva e ainda os impactos de viver numa sociedade altamente modelar que normatiza padrões estéticos desconsiderando a variedade de corpos, cores e aparências que são características do nosso país.