O potencial de mitigação da mudança climática dos vetores energéticos da cana-de-açúcar na frota paulistana de veículos leves
O presente trabalho quantificou o potencial energético da cana-de-açúcar enquanto matéria prima para a produção de etanol e bioeletricidade para a frota de veículos leves na cidade de São Paulo em relação ao uso da gasolina; concomitantemente, quantificou-se a correlata mitigação da emissão de gases...
Principais autores: | Camargo, Augusto Tolentino, Simões, André Felipe, Pacca, Sérgio Almeida |
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Formato: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
2019
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Acesso em linha: |
http://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/9791 |
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peri-article-97912019-08-29T19:36:32Z O potencial de mitigação da mudança climática dos vetores energéticos da cana-de-açúcar na frota paulistana de veículos leves Camargo, Augusto Tolentino Simões, André Felipe Pacca, Sérgio Almeida 9.00.00.00-5 Mitigação climática; Bioenergia; Transporte sustentável; Transição energética; Sustentabilidade urbana O presente trabalho quantificou o potencial energético da cana-de-açúcar enquanto matéria prima para a produção de etanol e bioeletricidade para a frota de veículos leves na cidade de São Paulo em relação ao uso da gasolina; concomitantemente, quantificou-se a correlata mitigação da emissão de gases do efeito estufa – GEE. Neste contexto, a partir de uma modelagem focada no incremento no uso de vetores energéticos derivados da cana-de-açúcar, foi calculada uma massa evitada de 116 Mt de CO2 até o ano de 2050. Consideramos um modelo no qual a partir de 2025, teria início uma evolução consistente do uso de veículos leves movidos a eletricidade. Para tanto, assumiu-se que, em 2050, o uso de combustíveis pela frota de veículos leves da cidade de São Paulo, seria igualitário, sendo um terço da frota movida à gasolina, uma terço movida à etanol e um terço movida à eletricidade. Os recursos energéticos derivados da cana-de-açúcar, como o etanol e a bioeletricidade (eletricidade gerada a partir da queima de resíduos da cana-de-açúcar) seriam suficientes para atender o cenário proposto. No modelo, observa-se que, com a queda do uso na gasolina, cai, também, a demanda por etanol, visto que a vigente legislação brasileira prevê que a gasolina comercializada tenha em sua composição 27% de etanol anidro. Uma vez reduzida a demanda por etanol para adição na gasolina, há a correlata redução da necessidade de produção de cana-de-açúcar e, assim, consequentemente, uma redução da área de plantio. Esta redução, em contrapartida, poderia, por exemplo, implicar em mais área para plantação de gêneros agrícolas alimentícios (uma externalidade tipicamente positiva). Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2019-07-01 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/9791 10.3895/rts.v15n37.9791 Revista Tecnologia e Sociedade; v. 15, n. 37 (2019) Revista Tecnologia e Sociedade; v. 15, n. 37 (2019) 1984-3526 1809-0044 10.3895/rts.v15n37 por http://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/view/9791/6454 Direitos autorais 2019 CC-BY http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
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O presente trabalho quantificou o potencial energético da cana-de-açúcar enquanto matéria prima para a produção de etanol e bioeletricidade para a frota de veículos leves na cidade de São Paulo em relação ao uso da gasolina; concomitantemente, quantificou-se a correlata mitigação da emissão de gases do efeito estufa – GEE. Neste contexto, a partir de uma modelagem focada no incremento no uso de vetores energéticos derivados da cana-de-açúcar, foi calculada uma massa evitada de 116 Mt de CO2 até o ano de 2050. Consideramos um modelo no qual a partir de 2025, teria início uma evolução consistente do uso de veículos leves movidos a eletricidade. Para tanto, assumiu-se que, em 2050, o uso de combustíveis pela frota de veículos leves da cidade de São Paulo, seria igualitário, sendo um terço da frota movida à gasolina, uma terço movida à etanol e um terço movida à eletricidade. Os recursos energéticos derivados da cana-de-açúcar, como o etanol e a bioeletricidade (eletricidade gerada a partir da queima de resíduos da cana-de-açúcar) seriam suficientes para atender o cenário proposto. No modelo, observa-se que, com a queda do uso na gasolina, cai, também, a demanda por etanol, visto que a vigente legislação brasileira prevê que a gasolina comercializada tenha em sua composição 27% de etanol anidro. Uma vez reduzida a demanda por etanol para adição na gasolina, há a correlata redução da necessidade de produção de cana-de-açúcar e, assim, consequentemente, uma redução da área de plantio. Esta redução, em contrapartida, poderia, por exemplo, implicar em mais área para plantação de gêneros agrícolas alimentícios (uma externalidade tipicamente positiva). |
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