Maria Lacerda de Moura na Revista Estudios (1930-1936): anarquismo individualista e filosofia da natureza
This work presents an analysis of articles published by brazilian thinker Maria Lacerda de Moura in the spanish journal Estudios (1930-1936). In these articles we identified elements for the creation of a libertarian unicist philosophy of nature, hence our goal to understand the purpose of this auth...
Autor principal: | Lima, Nabylla Fiori de |
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Formato: | Dissertação |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1993 |
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riut-1-19932017-02-24T06:00:39Z Maria Lacerda de Moura na Revista Estudios (1930-1936): anarquismo individualista e filosofia da natureza Maria Lacerda de Moura in the journal Estudios (1930-1936): individualist anarchism and philosophy of nature Lima, Nabylla Fiori de Queluz, Gilson Leandro http://lattes.cnpq.br/9402463923848550 Amorim, Mário Lopes Gruner, Clóvis Mendes Santos, Patrícia Lessa dos Queluz, Gilson Leandro Moura, Maria Lacerda de, 1887-1945 Filosofia da natureza Anarquistas Anarquismo Individualismo Liberalismo Tecnologia - Aspectos sociais Tecnologia Philosophy of nature Anarchists Anarchism Individualism Liberalism Technology - Social aspects Technology CNPQ::CIENCIAS HUMANAS This work presents an analysis of articles published by brazilian thinker Maria Lacerda de Moura in the spanish journal Estudios (1930-1936). In these articles we identified elements for the creation of a libertarian unicist philosophy of nature, hence our goal to understand the purpose of this author beyond their critical contributions to the relationship established between nature and humanity in the industrial bourgeois society. The press was a privileged instrument in the late nineteenth century to the organization of the anarchist movement and diffusion of knowledge and countercultural ideals and values of the dominant ideology. Aimed at social transformation, editorials with anarchist bias emerged, attentive to the scientific discoveries of the time and bringing critical elements to the existing society. In addition to the dissemination of knowledge, libertarians also questioned the role of class and they gave their own meanings to scientific knowledge and concepts in order to turn them into an instrument for revolutionary change. In this sense, we identify in articles published in the journal Estudios, linked to the field of spanish anarcho-individualism, the construction of various philosophies of nature with a view to libertarian society. In this period of strengthening of global nation-states after the First World War and the rise of totalitarian states, militants and anarchist thinkers questioned the technological progress, democracy and the institutions of bourgeois society. In this perspective, they constituted different views of nature which opposed the one defended by the ruling class, based on a normalizing scientific knowledge and a society of control. Libertarian critique of authoritarian policies exercised by fascist governments was based on critical and emancipatory reinterpretations of scientific topics as diverse as eugenics, neomalthusianism, naturism, sex education, vegetarianism, the "proteanismo", the "plasmogenia", allies to combat anti-clerical and radical pacifism. From the articles published by the Brazilian Maria Laceda de Moura. in this journal between the years 1930 and 1936, we will seek to demonstrate the constitution of knowledges and a "radical science," critique of current society and toward the construction of a new ethics, of a new harmonious society through cooperation, education, empowerment, technological advances and direct democratic participation. In Estudios magazine, Maria Lacerda de Moura built Ibero- American bridges in order to combat enemies in common and disable any mechanisms of domination. In this way, from local and daily resistance, the construction of a unicist philosophy of nature is evident. CAPES Este trabalho apresenta uma análise dos artigos publicados pela pensadora brasileira Maria Lacerda de Moura na revista espanhola Estudios (1930-1936). Nestes artigos identificamos elementos para a constituição de uma filosofia unicista libertária da natureza, de onde vem o nosso objetivo de compreender a proposta desta autora, além das suas contribuições críticas à relação estabelecida entre natureza e humanidade na sociedade burguesa industrial. A imprensa foi instrumento privilegiado no final do século XIX para a organização do movimento anarquista bem como difusão de conhecimento e ideais e valores contraculturais à ideologia dominante. Visando a transformação social, editoriais de viés anarquista emergiram trazendo elementos críticos à sociedade vigente e atentos às descobertas científicas da época. Além da difusão do conhecimento, os libertários também questionavam o papel da classe científica e ressignificavam conhecimentos e conceitos a fim de transformá-los em instrumentos para a mudança revolucionária. Neste sentido, identificamos nos artigos publicados na Revista Estudios, ligada ao campo do anarco-individualismo espanhol, a construção de diversas filosofias da natureza com vistas à sociedade libertária. Neste período de fortalecimento a nível mundial dos Estados-nação após a Primeira Guerra Mundial e a ascensão dos Estados totalitários, os militantes e pensadores anarquistas questionavam o avanço tecnológico, a democracia e as instituições da sociedade burguesa. Nesta perspectiva, constituíam diferentes visões da natureza que se opunham à das classes dirigentes, base de um conhecimento científico normalizador e de uma sociedade de controle. Releituras críticas e emancipatórias de temas científicos tão diversos como a eugenia, o neomalthusianismo, o naturismo, a educação sexual, o vegetarianismo, o proteanismo, a plasmogenia, aliados ao combate anticlerical e a um pacifismo radical, baseavam a crítica libertária às políticas autoritárias exercidas pelos governos fascistas. A partir dos artigos da brasileira Maria Lacerda de Moura, publicados neste periódico entre os anos de 1930 e 1936, procuraremos demonstrar a constituição de saberes e de uma “ciência radical”, crítica à sociedade vigente e voltada para a construção de uma nova ética, de uma nova sociedade harmônica através da cooperação, educação, emancipação, avanço tecnológico e participação democrática direta. Na revista Estudios, Maria Lacerda de Moura constrói pontes ibero-americanas a fim de combater inimigos em comum e desativar quaisquer mecanismos de dominação. Neste caminho, a partir das resistências locais e cotidianas, a construção de uma filosofia unicista da natureza se faz evidente. 2017-02-23T16:12:43Z 2017-02-23T16:12:43Z 2016-02-15 masterThesis LIMA, Nabylla Fiori de. Maria Lacerda de Moura na Revista Estudios (1930-1936): anarquismo individualista e filosofia da natureza. 2016. 167 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2015. http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1993 por openAccess application/pdf Universidade Tecnológica Federal do Paraná Curitiba Brasil Programa de Pós-Graduação em Tecnologia UTFPR |
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Moura, Maria Lacerda de, 1887-1945 Filosofia da natureza Anarquistas Anarquismo Individualismo Liberalismo Tecnologia - Aspectos sociais Tecnologia Philosophy of nature Anarchists Anarchism Individualism Liberalism Technology - Social aspects Technology CNPQ::CIENCIAS HUMANAS |
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This work presents an analysis of articles published by brazilian thinker Maria Lacerda de Moura in the spanish journal Estudios (1930-1936). In these articles we identified elements for the creation of a libertarian unicist philosophy of nature, hence our goal to understand the purpose of this author beyond their critical contributions to the relationship established between nature and humanity in the industrial bourgeois society. The press was a privileged instrument in the late nineteenth century to the organization of the anarchist movement and diffusion of knowledge and countercultural ideals and values of the dominant ideology. Aimed at social transformation, editorials with anarchist bias emerged, attentive to the scientific discoveries of the time and bringing critical elements to the existing society. In addition to the dissemination of knowledge, libertarians also questioned the role of class and they gave their own meanings to scientific knowledge and concepts in order to turn them into an instrument for revolutionary change. In this sense, we identify in articles published in the journal Estudios, linked to the field of spanish anarcho-individualism, the construction of various philosophies of nature with a view to libertarian society. In this period of strengthening of global nation-states after the First World War and the rise of totalitarian states, militants and anarchist thinkers questioned the technological progress, democracy and the institutions of bourgeois society. In this perspective, they constituted different views of nature which opposed the one defended by the ruling class, based on a normalizing scientific knowledge and a society of control. Libertarian critique of authoritarian policies exercised by fascist governments was based on critical and emancipatory reinterpretations of scientific topics as diverse as eugenics, neomalthusianism, naturism, sex education, vegetarianism, the "proteanismo", the "plasmogenia", allies to combat anti-clerical and radical pacifism. From the articles published by the Brazilian Maria Laceda de Moura. in this journal between the years 1930 and 1936, we will seek to demonstrate the constitution of knowledges and a "radical science," critique of current society and toward the construction of a new ethics, of a new harmonious society through cooperation, education, empowerment, technological advances and direct democratic participation. In Estudios magazine, Maria Lacerda de Moura built Ibero- American bridges in order to combat enemies in common and disable any mechanisms of domination. In this way, from local and daily resistance, the construction of a unicist philosophy of nature is evident. |
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