Quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em A Gloriosa Família, de Pepetela
A partir do questionamento levantado por Gayatri Spivak em “Can the subaltern speak?”, o ensaio busca refletir sobre o valor que o discurso do narrador (um escravo mudo e analfabeto) assume no romance A Gloriosa Família: o tempo dos flamengos, de Pepetela. Na obra em questão, o escritor angolano par...
Autor principal: | Crossariol, Isabelita Maria |
---|---|
Formato: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
2009
|
Acesso em linha: |
http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2439 |
Tags: |
Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
|
id |
peri-article-2439 |
---|---|
recordtype |
ojs |
spelling |
peri-article-24392014-12-03T14:41:10Z Quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em A Gloriosa Família, de Pepetela Crossariol, Isabelita Maria A partir do questionamento levantado por Gayatri Spivak em “Can the subaltern speak?”, o ensaio busca refletir sobre o valor que o discurso do narrador (um escravo mudo e analfabeto) assume no romance A Gloriosa Família: o tempo dos flamengos, de Pepetela. Na obra em questão, o escritor angolano parte de um fragmento da obra História geral das guerras angolanas – escrito pelo historiador português António de Oliveira Cadornega no século XVII, e que aborda tanto os sete anos de disputa entre portugueses e holandeses (de 1642 a 1648) pelo controle do comércio de escravos, como o envolvimento de Baltazar Van Dum nesse processo – para questionar uma versão tida como oficial da história, mas que considerou apenas os grandes feitos portugueses. É, então, a partir das lacunas deixadas pela obra de Cadornega que o escravo-narrador proporá uma versão alternativa para essa história, na qual estarão incluídos não apenas fatos menos gloriosos envolvendo a família de Baltazar e as disputas entre portugueses e holandeses, mas também personagens silenciadas pelo discurso ocidental. Como apoio teórico para as reflexões, foram tomados ensaios e obras da teoria pós-colonial, produzidos por autores como Homi Bhabha, Stuart Hall e Ana Mafalda Leite. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2009-02-13 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2439 10.3895/rl.v0n11.2439 Revista de Letras; n. 11 (2009) 2179-5282 0104-9992 10.3895/rl.v0n11 por http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2439/1565 Direitos autorais 2014 CC Atribuição 4.0 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
institution |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
collection |
PERI |
language |
Português |
format |
Artigo |
author |
Crossariol, Isabelita Maria |
spellingShingle |
Crossariol, Isabelita Maria Quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em A Gloriosa Família, de Pepetela |
author_sort |
Crossariol, Isabelita Maria |
title |
Quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em A Gloriosa Família, de Pepetela |
title_short |
Quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em A Gloriosa Família, de Pepetela |
title_full |
Quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em A Gloriosa Família, de Pepetela |
title_fullStr |
Quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em A Gloriosa Família, de Pepetela |
title_full_unstemmed |
Quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em A Gloriosa Família, de Pepetela |
title_sort |
quando o subalterno deseja falar: o escravo e a história revista em a gloriosa família, de pepetela |
description |
A partir do questionamento levantado por Gayatri Spivak em “Can the subaltern speak?”, o ensaio busca refletir sobre o valor que o discurso do narrador (um escravo mudo e analfabeto) assume no romance A Gloriosa Família: o tempo dos flamengos, de Pepetela. Na obra em questão, o escritor angolano parte de um fragmento da obra História geral das guerras angolanas – escrito pelo historiador português António de Oliveira Cadornega no século XVII, e que aborda tanto os sete anos de disputa entre portugueses e holandeses (de 1642 a 1648) pelo controle do comércio de escravos, como o envolvimento de Baltazar Van Dum nesse processo – para questionar uma versão tida como oficial da história, mas que considerou apenas os grandes feitos portugueses. É, então, a partir das lacunas deixadas pela obra de Cadornega que o escravo-narrador proporá uma versão alternativa para essa história, na qual estarão incluídos não apenas fatos menos gloriosos envolvendo a família de Baltazar e as disputas entre portugueses e holandeses, mas também personagens silenciadas pelo discurso ocidental. Como apoio teórico para as reflexões, foram tomados ensaios e obras da teoria pós-colonial, produzidos por autores como Homi Bhabha, Stuart Hall e Ana Mafalda Leite. |
publisher |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) |
publishDate |
2009 |
url |
http://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2439 |
_version_ |
1805292972864962560 |
score |
10,814766 |