O dito e não dito acerca das relações de gênero no cotidiano das aulas de matemática

O objetivo deste artigo é apresentar uma parcela dos resultados da pesquisa para realização da tese de doutorado cujo objetivo foi analisar as relações de gênero no cotidiano das aulas de matemática de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. A pesquisa foi realizada em um colégio da rede estadual de e...

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Principais autores: Salete Casagrande, Lindamir, Gomes de Carvalho, Marilia
Formato: Artigo
Idioma: Português
Publicado em: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2016
Acesso em linha: http://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/6194
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spelling peri-article-61942019-07-04T14:12:22Z O dito e não dito acerca das relações de gênero no cotidiano das aulas de matemática Salete Casagrande, Lindamir Gomes de Carvalho, Marilia : Relações de gênero; Aulas de matemática; Alunos e alunas. O objetivo deste artigo é apresentar uma parcela dos resultados da pesquisa para realização da tese de doutorado cujo objetivo foi analisar as relações de gênero no cotidiano das aulas de matemática de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. A pesquisa foi realizada em um colégio da rede estadual de ensino de Curitiba, capital do Estado do Paraná, Brasil. A pesquisa foi baseada no método etnográfico com observação, entrevista e análise de documentos. A análise foi feita com base na teoria de gênero buscando identificar o dito e não dito acerca das relações de gênero presentes naquele espaço. Os resultados apontam um silenciamento das relações de gênero e das alunas. Elas parecem ter absorvido a ideia de que devem ouvir mais do que falar, de que não devem se expor. Apontam ainda a necessidade que alunos e alunas tem de serem reconhecidos/as como pertencentes ao grupo. Essa necessidade contribuía para seu silenciamento. Professores/as e alunos/as percebiam as meninas como passivas e organizadas e os meninos como ativos e criativos. De modo geral, as percepções eram baseadas em estereótipos do que é ser homem ou mulher na sociedade atual, fato que demonstra que desde muito cedo estes estereótipos são absorvidos por meninas e meninos e passam a fazer parte de suas formas de pensar e ver as relações cotidianas. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2016-01-01 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/6194 10.3895/cgt.v9n33.6194 Cadernos de Gênero e Tecnologia; v. 9, n. 33 (2016); 50-59 2674-5704 1807-9415 10.3895/cgt.v9n33 por http://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/6194/3845 Direitos autorais 2017 CC-BY-NC http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
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