Divulgação científica e a formação inicial de professores(as): uma experiência no cárcere

A Banca da Ciência (BC) é uma proposta interdisciplinar de ações não formais de comunicação dialógica e crítica da ciência para crianças, adolescentes e público geral em espaços educativos escolares e não-escolares. Para além das Bancas fixas buscou-se encontrar uma maneira itinerante, simples e ver...

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Principais autores: Versolato, Marina Savordelli, Graciano, Mariângela, Izidoro, Emerson
Formato: Artigo
Idioma: Português
Publicado em: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2021
Acesso em linha: http://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/14089
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Resumo: A Banca da Ciência (BC) é uma proposta interdisciplinar de ações não formais de comunicação dialógica e crítica da ciência para crianças, adolescentes e público geral em espaços educativos escolares e não-escolares. Para além das Bancas fixas buscou-se encontrar uma maneira itinerante, simples e versátil para ser utilizada em diversos lugares e momentos, com ou sem as bancas, composto de cavaletes e tampos padronizados, o que levou à uma maior mobilidade das atividades do projeto. A BC tem como uma de suas preocupações a formação dos mediadores para atuação nos processos de divulgação científica. Este artigo tem como objetivo investigar as contribuições, para os futuros professores, da atuação como mediadores dos processos no âmbito da divulgação científica itinerante - no caso a Banca da Ciência – com experimentos científicos no contexto do cárcere. Para tanto observamos o processo interativo itinerante, no decorrer de uma apresentação da BC, entre os mediadores e os educandos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) privados de liberdade utilizando, para registro, diário de campo e fotos. Também foram promovidas, posteriormente, duas rodas de conversa com os mediadores. Com base na teoria histórico-cultural de Vigotski e na perspectiva dialógica de Paulo Freire verificamos como resultados, a partir da análise dos dados, indícios objetivos de que participar desse processo de divulgação científica itinerante na educação não formal, com experimentos científicos, permitiu uma ampliação do repertório didático e metodológico dos mediadores, e a compreensão das particularidades do trabalho com a Educação de Jovens e Adultos, promoveu a reflexão sobre o papel da divulgação científica itinerante e da educação não formal no processo de aproximação da população ao conhecimento científico e ainda a importância de ações como essas em espaços de privações de liberdade.