Análise comparativa da motivação e percepção da aprendizagem entre aulas expositivas e jogo didático no ensino de ecologia para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA)

A Constituição Federal brasileira de 1988 estabelece que é dever do Estado ofertar educação básica gratuita a todos os brasileiros, independentemente da idade. O desafio da educação de qualidade transcende garantir um número suficiente de vagas nas escolas, e passa pela reflexão acerca dos processos...

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Principais autores: Lopes, Fabio de Souza, Oliveira, Silviene Fabiana de, Manfrin, Maura Helena, Cabral, Dione, Baroneza, José Eduardo
Formato: Artigo
Idioma: Português
Inglês
Publicado em: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 2022
Acesso em linha: http://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/14654
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Resumo: A Constituição Federal brasileira de 1988 estabelece que é dever do Estado ofertar educação básica gratuita a todos os brasileiros, independentemente da idade. O desafio da educação de qualidade transcende garantir um número suficiente de vagas nas escolas, e passa pela reflexão acerca dos processos e dos conteúdos de ensino, além de políticas que garantam a capacitação de professores, para que estes sejam capazes de adotar as estratégias mais adequadas para formar cidadãos e profissionais com espírito crítico e pensamento reflexivo. Neste contexto, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) compreende uma das mais complexas e desafiadoras políticas de Estado na área da Educação. O método de ensino mais utilizado na EJA é a aula teórica expositiva, entretanto, considerando as reflexões acerca dos benefícios do uso de estratégias alternativas, que valorizam o ensino por investigação, a proatividade e a interação, urge a importância de estimular docentes a diversificarem suas atividades de ensino. Associar aulas expositivas com atividades interativas, tais como os jogos didáticos, pode ter um impacto positivo sobre o pensamento crítico e a autoconfiança, além de estimular o diálogo entre pares e o trabalho em equipe. Porém, por se tratar de discentes com idade superior a 18 anos, questiona-se se o uso desse tipo de atividade interativas no ensino poderia prejudicar a motivação, tendo em vista que muitos associam tais atividades ao ensino infantil. Nesse trabalho apresentamos um histórico sobre a Educação de Jovens e Adultos no Brasil e discutimos o uso do lúdico como estratégia de ensino para esse público. Para a discussão do uso do lúdico, realizamos uma pesquisa em uma escola de ensino médio visando comparar a motivação e percepção da aprendizagem de alunos de ensino médio da EJA após aula expositiva sobre conteúdos de Ecologia em contraste com a utilização de um jogo didático. Visando alcançar esse objetivo, 84 alunos de ensino médio da EJA foram convidados a participar da pesquisa realizando autoanálise com o uso de um questionário desenvolvido para essa finalidade. Todos os alunos foram submetidos às mesmas atividades de ensino, porém, enquanto 50% responderam ao questionário sobre motivação e percepção da aprendizagem após a aula expositiva, os demais responderam ao mesmo questionário após a atividade lúdica. Os dados foram comparados por meio do teste Exato de Fischer com correção de Yates (95% IC). Em nossos resultados não foram observadas diferenças significativas quanto à motivação e a percepção de aprendizagem, considerando o ponto de vista dos alunos. Concluímos que foi possível inserir jogos didáticos no ensino de Ecologia para discentes da EJA sem prejuízo da motivação e da percepção da aprendizagem.