Potencial de frutos do cerrado brasileiro como matérias-primas de filmes flexíveis para embalagens de alimentos – uma revisão
Frutas nativas como a macaúba, jatobá e pequi são amplamente encontradas no cerrado brasileiro. Estes frutos possuem alto valor nutricional e atributos sensoriais que indicam grande potencial tecnológico para o desenvolvimento de inovações no setor de alimentos. As demandas dos consumidores e das in...
Principais autores: | Romani, Viviane Patrícia, Alves-Silva, Gisele Fernanda, Guimarães Martins, Vilásia |
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Formato: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
2021
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Acesso em linha: |
http://periodicos.utfpr.edu.br/rebrapa/article/view/14904 |
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peri-article-149042023-03-06T13:25:54Z Potencial de frutos do cerrado brasileiro como matérias-primas de filmes flexíveis para embalagens de alimentos – uma revisão Romani, Viviane Patrícia Alves-Silva, Gisele Fernanda Guimarães Martins, Vilásia Ciência e Tecnologia de Alimentos; Tecnologia de Alimentos compostos bioativos; embalagens de alimentos; jatobá; macaúba; pequi. Frutas nativas como a macaúba, jatobá e pequi são amplamente encontradas no cerrado brasileiro. Estes frutos possuem alto valor nutricional e atributos sensoriais que indicam grande potencial tecnológico para o desenvolvimento de inovações no setor de alimentos. As demandas dos consumidores e das indústrias impulsionam a expansão de novas tecnologias de embalagens. Entre elas, as embalagens biodegradáveis para substituição dos polímeros sintéticos, e as embalagens ativas para aumentar a vida útil dos produtos, estão incluídas. Esta revisão teve por objetivo apresentar as principais propriedades de alguns frutos do cerrado brasileiro, incluindo a macaúba, jatobá e pequi. Além disso, discutir seu potencial como matriz polimérica e como fonte de compostos bioativos para elaboração de filmes flexíveis para embalagens de alimentos. As diferentes estruturas destes frutos (como casca, polpa e sementes) podem ser utilizadas como matrizes poliméricas na elaboração de materiais biodegradáveis, em virtude da sua composição apresentar moléculas como polissacarídeos, lipídeos e proteínas. Além disso, os três frutos abordados possuem compostos bioativos que podem ser utilizados no desenvolvimento de embalagens ativas visando diminuir as reações de deterioração de alimentos. A macaúba, por exemplo, possui β‐caroteno, um antioxidante natural e pró-vitamina A. Já as cascas de jatobá têm apresentado substâncias ativas como os compostos fenólicos. E os óleos extraídos da polpa e da amêndoa de pequi demonstraram atividade antioxidante devido a presença de carotenoides e compostos fenólicos. Portanto, a macaúba, jatobá e pequi constituem matérias-primas promissoras para o desenvolvimento de novos materiais para embalagens de alimentos. Na literatura poucos trabalhos relatam o uso destes frutos em tais aplicações, o que constitui um tópico interessante a ser explorado em pesquisas. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) CAPES e CNPq 2021-01-01 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://periodicos.utfpr.edu.br/rebrapa/article/view/14904 10.3895/rebrapa.v12n3.14904 Brazilian Journal of Food Research; v. 12, n. 3 (2021); 26-41 Brazilian Journal of Food Research; v. 12, n. 3 (2021); 26-41 2448-3184 10.3895/rebrapa.v12n3 por http://periodicos.utfpr.edu.br/rebrapa/article/view/14904/pdf Direitos autorais 2023 CC-BY http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
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Frutas nativas como a macaúba, jatobá e pequi são amplamente encontradas no cerrado brasileiro. Estes frutos possuem alto valor nutricional e atributos sensoriais que indicam grande potencial tecnológico para o desenvolvimento de inovações no setor de alimentos. As demandas dos consumidores e das indústrias impulsionam a expansão de novas tecnologias de embalagens. Entre elas, as embalagens biodegradáveis para substituição dos polímeros sintéticos, e as embalagens ativas para aumentar a vida útil dos produtos, estão incluídas. Esta revisão teve por objetivo apresentar as principais propriedades de alguns frutos do cerrado brasileiro, incluindo a macaúba, jatobá e pequi. Além disso, discutir seu potencial como matriz polimérica e como fonte de compostos bioativos para elaboração de filmes flexíveis para embalagens de alimentos. As diferentes estruturas destes frutos (como casca, polpa e sementes) podem ser utilizadas como matrizes poliméricas na elaboração de materiais biodegradáveis, em virtude da sua composição apresentar moléculas como polissacarídeos, lipídeos e proteínas. Além disso, os três frutos abordados possuem compostos bioativos que podem ser utilizados no desenvolvimento de embalagens ativas visando diminuir as reações de deterioração de alimentos. A macaúba, por exemplo, possui β‐caroteno, um antioxidante natural e pró-vitamina A. Já as cascas de jatobá têm apresentado substâncias ativas como os compostos fenólicos. E os óleos extraídos da polpa e da amêndoa de pequi demonstraram atividade antioxidante devido a presença de carotenoides e compostos fenólicos. Portanto, a macaúba, jatobá e pequi constituem matérias-primas promissoras para o desenvolvimento de novos materiais para embalagens de alimentos. Na literatura poucos trabalhos relatam o uso destes frutos em tais aplicações, o que constitui um tópico interessante a ser explorado em pesquisas. |
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